Como me odeio
Por continuar a plantar a esperança
Em solos desérticos
Duros
Secos
Envenenados
Mortos
Que desperdício!
Morrerei
E não verei minhas sementes
Darem flores de esperança
Pois que todo solo fértil
Morreu ao meu redor
Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...
sábado, 31 de outubro de 2015
Morfeu Ingrato
Sono
Você como sempre me deixa
Como todos me abandonam
Por que você me deixa?
Sono, volte para mim
Sê prisioneiro meu
Para que venha eu ser prisioneiro seu
E não precise mais abrir os olhos
E ver que novamente
Só estou
Você como sempre me deixa
Como todos me abandonam
Por que você me deixa?
Sono, volte para mim
Sê prisioneiro meu
Para que venha eu ser prisioneiro seu
E não precise mais abrir os olhos
E ver que novamente
Só estou
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Meu Mal
O meu mal é persistir em crer
Mesmo sabendo a vida curta e passageira ser
Que é bom demais ter alguém pra sempre do seu lado
O calor, o amor, o sabor, o penhor
Mesmo que um dia vá embora como o pó dos meus ossos se irão.
Mesmo sabendo a vida curta e passageira ser
Que é bom demais ter alguém pra sempre do seu lado
O calor, o amor, o sabor, o penhor
Mesmo que um dia vá embora como o pó dos meus ossos se irão.
Injustiça Popular Generalizada
Se a vida fosse justa
Ninguém precisava estudar Direito
Pra tentar virar advogado ou juiz
E assim os méritos mais puros
São desprezados pelas supostas qualidades
Que se destroem como flores no jardim
Ninguém precisava estudar Direito
Pra tentar virar advogado ou juiz
E assim os méritos mais puros
São desprezados pelas supostas qualidades
Que se destroem como flores no jardim
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Couraça partida
Na vida dizem por ai
Que após muito você apanhar
Ou você cria muralhas fortes e couraças resistentes
Ou sua pele vira carne viva
Que nada consegue sarar
O pior é descobrir
Que as muralhas podem ruir
As couraças podem partir-se
E, ainda pior que o já dito
É perceber que as muralhas e couraças
Apenas escondiam
Uma pele em carne viva
Feridas que parecem infindas
E ninguém deseja curar
Apenas as ampliam
E as infestam de vermes para nos devorar de vez
Que após muito você apanhar
Ou você cria muralhas fortes e couraças resistentes
Ou sua pele vira carne viva
Que nada consegue sarar
O pior é descobrir
Que as muralhas podem ruir
As couraças podem partir-se
E, ainda pior que o já dito
É perceber que as muralhas e couraças
Apenas escondiam
Uma pele em carne viva
Feridas que parecem infindas
E ninguém deseja curar
Apenas as ampliam
E as infestam de vermes para nos devorar de vez
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Precoce Envelhecimento
Meus cabelos caem
Reflexos
Do esquecimento
Como as pétalas
Daquela rosa que te dei
Se desfazem secas e murchas
E como todo fôlego
Da minha existência
Morre
Infectado por seu desprezo
Reflexos
Do esquecimento
Como as pétalas
Daquela rosa que te dei
Se desfazem secas e murchas
E como todo fôlego
Da minha existência
Morre
Infectado por seu desprezo
Descanso do Tormento
Eu preciso de forças
Preciso coragem
E uma pele reptiliana
Pra perceber enfim
Que acordar é inútil
Olá, querida cama dura
Companheira que nunca quer me largar...
domingo, 25 de outubro de 2015
Loucura sem título
A loucura só vale muito a pena
Quando dá pra ir até o fundo do poço dela
Quando nessa viagem sem volta
Alguém decide se agarrar a mim e juntos endoidecermos
Um Verão em Neve e Gelo
Polo Norte, Polo Sul
Todos os extremos do meu ser
Vivem como icebergs vagando sem rumo
Derreter está fora de questão dentro de mim
O sol se desfez nas nuvens de neve
Gelo de sentimentos feridos por todos
Ninguém se encontra em mim, nem eu mesmo
Imensidão de nadas
No ressoar dos tempos me vi aprisionado em blocos
Minha rosa-dos-ventos não pode me guiar, pois que morreu congelada
Murcha e sem vida, como meu coração
Sentimentos hibernam sem fim nessa nova era Glacial
Quando irei ver o sol do amor de novo nesse gelo infernal
Que transformou meu verão num completo clima invernal
Que transformou meu verão num completo clima invernal
sábado, 24 de outubro de 2015
Sem Valor
Um farrapo sujo de pano de chão usado
Um carro totalmente enferrujado e carbonizado
Um alimento perecível velho e vencido
Um lixo irreciclável
Assim pareço ser para tantos
E quem saberá me desmentir isso?
Quando o meu amor, o meu coração fervente
Permanece para sempre assim
Sem valor
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Sorrisos e amores
Saudades de quando minha vida
Tudo eram sorrisos e amores
Agora se fecham os semblantes risonhos
E os amores murcham como flores...
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