Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Tão Pouco, Tão Feliz

A vida por vezes reserva-nos aqueles mínimos momentos
Tão simples e ao mesmo tempo tão marcantes
Que são os únicos que nos tornam felizes

Os meus são sempre que acordo e vou lá beijar minha mainha
Para acordá-la feliz para um novo dia

Quando estou escrevendo meus versos, poesias, sonetos, sextilhas e outros afins
Poetizando minha fé, crenças, dramas, conquistas, desilusões e sonhos de amores

Quando estou cuidando dos meus queridos bebês na creche
Um "tio" já se preparando para realizar o sonho de ser pai e criar uma nova e melhor geração

Quando escuto uma boa música, seja rock, metal, punk, rap, reggae, funk, gospel, soul, jazz, blues
Até MPB, samba, frevo e baião se o momento pedir pra forrobodear ou seja o que mais lá

Quando estou com meus irmãos da minha amada Extrema Unção
Em família de verdade como poucas vezes me senti em anos de fé; feliz de verdade sem dúvidas

E por fim, mas sem esquecer jamais de quando vejo o olhar de menina que vez por outra me encanta
E vejo que meus sonhos de ser e fazer alguém feliz valem a pena não esquecer jamais

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Teu Ser

Sinto-me tão só
Sem ter a Tua paz
Eu quero encontrar
Aquilo que me falta mais

O Teu ser
Dentro de mim
É o que me falta
Pra ser 100% feliz

16/10/2009

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Sextilha do A-Mar

Divinas impressões são essências do amor
Mas somos tão difíceis de sentir essa fragrância
Preferimos a cegueira do ódio e rancor
Em nossa autossuficiência e tola arrogância
Diferentemente eu digo sem qualquer pudor
Quero amar-te, eis aqui a minha maior ânsia

Por entre montes e vales rubros caminhar
Andar de mãos dadas contigo e juntos aprendermos
Um do outro e do Deus Criador do Amar
Vale a pena buscar assim cada dia a mais sermos
Se me fosse proibido assim de ti sonhar
Eu cometeria esse crime sem mais e nem menos

Em meio a uma geração de raiva e morte
Não estaremos nós nunca à própria sorte
Encaracolados rumo ao centro da vida
Tua beleza em meus versos incontida
Quero declamar e te fazer pensar no meu mar
Meu desejar ser teu também, nos afogar no amar

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Confissões Nada Agostinianas

Eu adoro me julgar forte, mas eu sou um fracasso
Não um fracassado, isso é muito pouco
Mas meu maior fracassar é em cair na irritação alheia
Dos que não têm absolutamente nada pra me acrescentar

Deus deveria é me dar permissão 00 de agentes da MI7
E uma Beretta, uma AR-15 e uma Uzi devidamente carregadas
E mais uma bazuca e umas ogivas nucleares de brinde
E como desejaria o Bruce Cockburn, mandar uns mísseis no traseiro de muito imbecil ao meu redor

Pessoas que se satisfazem em me ver pra baixo, sorriem de minha dor e irritação
Hipócritas que me julgam e não conhecem fezes algumas nem da vida, muito menos da minha
Covardes que preferem se calar por julgarem tudo puro drama - porque não é no rabo deles
e vagabundas que destroem corações e se aproveitam de minhas emoções

Eu adoraria ver suas carcaças apodrecendo e eu urinando em cada uma!

Como eu me odeio
por ainda ser assim
Um bosta e só e nada mais

Deus, salve-me de mim mesmo, salve-me do meu inferno pessoal que eu mesmo criei

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Não tenho título, ajude-me


Eu bebo essa água e sinto apenas o gosto de sabão
As vezes só percebo quantos andares eu tropecei quando meu rosto colide no térreo
Mas eu ainda vejo que tô vivo...
Eu ainda quero ajudar você a achar a porta... eu ainda quero que cê diga o que tá procurando

Disponível para o que
o gosto adstringente ainda rasga meu esôfago
Nada desce suavemente nem apetitosamente pro
meu paladar enrugado

Muito velho lambão
mamão vai lamber sabão
Sonhou ser São Jorge e casou com o dragão
fogo estranho e indesejado na lua-de-mel

Penso em leiloar a virgindade - afinal tá na moda e dá grana e fama, que mais poderia eu querer?
Então, quem estaria a fim de me comprar? Um falo falaria por mim uma fala falível
Além de ruim é pior
Mas não adianta riquezas fáceis em celeiros frágeis

Felicidade é algo que construímos, algo que divinamente apoiamos
nunca buscamos, pois que não encontramos, nós podemos fazer a alegria acontecer todo dia
Mesmo que o gosto venha ainda um tanto ensaboado
Escorregar pelo menos rumo ao sorriso mais belo, igual ao daquela menina, oh linda

Pequena travessura que me afasta do ser feliz
Sinto decepcionar, mas eia, eis que vou ante o horizonte
conhecer um tesouro inda mais belo que o do detrás do arco-íris
O paraíso é azul, o lugar que se chama de céu

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Poema do Bicho de Sete Cabeças (e Zero Cérebros)

Ave cadáver!
Tristeza é possível de fingir, de engabelar
Difícil é ajudar alguém preso na tristeza em verdade verdadeira
Pessoas olham aqui, acá, acolá, pra cá, nunca lá, lá longe, lá acima

Miopia é um problema sério pra cacique, e pro pajé também
Óculos especiais que só enxergam o que interessa pro zóio de quem quer
O meu sonho de consumo não sei mais mensurar ou misturar
O desejo deseja apenas voltar a desejar ser desejado
Consumado - dado cumprido insensato

Se os cachos são ruivos, ou o liso negro, ou esse ondular dourado
Até grisalhos aparecem em meio de minha cachola solitária
Tá, blz, intão, vdd, ok

Queria fazer de tudo que eu puder, queria
Ter você junto
A mim
Nem sei quem tu é, como faz?
Não recebi telegrama nem de Aracaju, nem do Alabama,
 por isso não acordei com vontade de mandar flor pra delegado nenhum

Esse poema está muito sem noção demasiado pacas

sábado, 15 de outubro de 2016

Alguma descrição d'alguma perdição perdida grazadeus

Que me sobrou de ti mesma?
Somente lembranças as quais não vale a pena relembrar
e a certeza de que melhor posso ser desde agora e já e para sempre

Autodestruição, botão cuja finalidade não hei de especular mais
Quando o facto não é mais exacto
Não tem por mói de que persistir, a não ser resistir à ideia de insistir no que se deve somente desistir

Não sou trezentos, tampouco trezentos e cinquenta, afinal já encontrei comigo faz mó tempão
Deixa esses versos e confusões de múltipla personalidade com o Mario de Andrade
Ou com quem quer que seja a faceta do Fernando Pessoa, lá pros lado dos portuga

Ninguém vai me atomizar, atemorizar, zanzar pra lá e pra cá com minha cara nesse carácoles
Encaracolado eu cheguei ao ponto central de tal espiral decrescente
O girassol dos cabelos das morenas flores do desejo eu deixei pra dá um xero pra dispois

Uvir a miserávi da guitarra elétrica ressoando o cocoricar do dia anuviar
Uai, tchê, arretado de bom, escrivinhar do meu pesar e pesando tudo, tá tão maguin
Pouco se dá trela pra ela, remela revela a cela que arrebentei quando arrebitei a nareba

E disse pra mim no meu speakar solo e somente solo:
"O meu coração me diz, fundamental é ser feliz"
E pronto e cabôsse e zé-finí e orgasmo pra coroar a conclusão do que se encerrou nesse " . "

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Medição Justa

Não gosto de doces baratos
e a vida vive me ofertando esses ouros de tolo
Bijuterias não duram toda uma vida, só estações
Eu não sou uma flor de um verão só, pra que quereria eu um amor só de verão?

Por isso não me vendo barato
Quando se tem ciência de seu valor sabe-se o preço que se paga para obtê-lo
Corações não se fabricam no Paraguai, nem se vendem em lojas de R$ 1,99
A não ser aqueles que não sabem sequer o valor que possuem, ou sabem não possuir nenhum

Pérolas de grande valor não estão na beira da praia
Não é nada fácil penetrar no profundo do mar que se chama pelo meu nome
Caçadoras de riquezas deveriam perceber isso
que é duro escavar a mina que enterrei meus mistérios

Se tiver interesse em adquirir um tesouro de grande valia
Já aviso: não será fácil, pois que não dou a combinação do cofre a quem não me merece ou entende
Mas a quem tiver a chance não a perca de vista
Não é todo o dia que se acha um presente que mudará toda a sua vida vindo direto de Deus

Um presente como eu

domingo, 9 de outubro de 2016

resto verso presto nexo

eu normal não
quem
não conheço eu
tendências incompetências imprudências imundícies
eu espero inesperado
entre cruz punhal teologia da prosperidade filosofia miséria
muita balela minha mente doente demente mente somente tente presente ausente fervente
criaturas noite consomem sono pesadelo sonho pardieiro vida
qual Deus tiver céu aí ouvindo mim não tá
tô ferrado como sempre só dedos apontando cara chorosa desgraçada

poesia lógica não mais
grande desgraça cósmica nascimento morte ciclo infernal cadavérico
psicopatia depressiva bipolar autista suicida ataque catastrófico
socorro miséria cardia baba desespero fim socorro não

rock toque capote capeta repita pirita
mais íntimo momento me sufoca afoga enforca
porca torta morte sorte corte doutor essa tesoura pegue
singularíssima pessoa roa voa a-toa ator atua autores dores flores coroa danação maldição suspira
valsa vienense
olindense dançarino abismo gritante UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

sábado, 8 de outubro de 2016

Teia Latrodectus mactans

Você se pergunta ou melhor perguntaria a mim
Por que eu não ajudaria alguém que passa pelos mesmos dramas que eu
E é patente que a alternativa não será selecionada
Eu não sei nem ME ajudar quanto mais outra pessoa desastre iminente ambulante

Lá vem uma aranha não apanha essa carne espeta arranha
Berros de bezerros solitários como eu morrendo de fome sem calor sem peito sem manhã
O peçonha escorre a veneno corre morre assoreando o ar o qual pensava estar respirando
Por trás de mim percebo suas patas me levando a nocaute transtorno obsessivo compulsivo repulsivo agressivo maníaco depressivo
Se cura houver dar um over nesse game sem cover nem carregar ou cobrir vir e ver

As vezes me odeio eu prisioneiro de um sonho só sem desejoso vírgular
Welcome to my Nightmare rolando em o pecê em a massa cinzenta desesperada cabeça dura
Ou seria ser não mais um mister naici gái senhô Alice Cooper
Num sei nem onde eu tô véi cinco km you can go to hell
Veneno correndo pelas minhas veins eu num quero mais romper essas chains
Sou imbecil demais para perceber que as aulas acabaram e eu inda tô na depê na retenção da vida

Tô num inferno de tempo minha querida queria você aqui
Mas nem Deus me quer com você nem com seu ninguém se ferrou pra sempre
Nesse lamento chororô texto sem conjunção preposição ligação direção solução
Pulo alto do Holliday demasiada emoção diversão suicidam

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Dezmedidas

Seus 90-60-90
nem um pouco me atraem a contento
nem a lamento
com seu QI
abaixo de 50 pontos
não me atrai em nada, dscp

Meu Capiberibe poluído pede socorro
Igual aos riachos e vaus dos meus vasos coronários
Não quero infartar com as gorduras e colesteróis de seu veneno sutil
Aqui nesse meu 8° 0' 34'' Sul 34° 51' 19'' Oeste
o que eu realmente quero
é estar o mais cartesianamente afastado de seu gráfico, de sua função de 1º ou 2º grau
nenhuma probabilidade nenhuma fração porcentagem resultado 

dos seis graus de separação que ligam quaisquer pessoas as outras
quero o -273º C, Zero absoluto em Kelvin de presenças que só destroem minha paz
e fracassam meu amar e o fazem amarelar

Impostômetro explode vendo os olhos da cara os quais me custarias
Prefiro a paz que não custa muito
A valorizar o que só me dará prejuízos, Deus que me livre de amores fracassados nunca mais

Só o que vale a pena de ser medido, ser amado, vivido, degustado, inseparável