Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Antimonotonia

Quando meu tédio sou eu, minha antimonotonia é você me jogando pra todo lado que quiseres
Só vê se me joga de uma vez por todas nos teus braços e aprisionado ao teu corpo e só
Nem vem esperar que eu reclame de tuas estrias, celulite ou varizes e verrugas marotas
No mapa geográfico de tuas ruas, curvas, cada relevo teu é uma aventura constante pra mim

Se disser que pode e depois morder minhas costas, vê se faz de um jeitinho que me deixe pirado
Back for me baby, não larga meus lábios longe da aspereza curvilínea dos teus
Deteriorado estou por diárias decepções as quais me deixam sem nem carne nos ossos mais
Nós poetas não queremos nenhuma chance, "não quero mais revanche" desse mundo sem eu-lírico

Eu desconfio que esse mundo não só me odeia como quer consumir meus sonhos
Os que dinheiro nenhum compra, feito você meu bem doce e meu hard rock, power ballad toda sua
Tem gente ainda que acredita em crianças crescidas que prometem o céu e nem o da boca darão
A não ser pra cuspir no teu tal qual cuspistes outrora em mim pois "não faço seu estilo" vagabundo

Sou cafona... tão cafona!

E ao mesmo tempo pareço um carnívoro canibal clamando por sua carne em meus lábios
Para eu devorar cada centímetro de você e ouvir teus gemidos em piração total em minha deglutição

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