Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 19 de agosto de 2017

Nome aos Bois - Segundo Round

Lula
Temer
Dilma Rousseff
Bolsonaro
Gilmar Mendes
Aécio
Pedro I do Brasil e IV de Portugal
Ivã o Terrível
Mao
Deng
Brutus
Renan Calheiros
Renildo Calheiros
Ramsés II
Neto
Kajuru
Nero
Beira-Mar
Claudia Leitte
Roberto Marinho
Jô Soares
Victor Civita
Mino Carta
Youssef
Edilson Pereira de Caravlho
José Mayer

Ulstra
Sininho
Guevara
Jean Wyllys
Chavéz
Maduro
Castor de Andrade
Ricardo Teixeira
Trump
Kim Jong-un
Kim Jong-il
Bush Pai
Bush Filho
Charles Windsor
Putin
Erdoğan
Benjamin Netanyahu
Jorgina de Freitas
Kirchner
Kervokian
Bruno Fernandes de Souza
Sarney

MC Tróia
Ariano Suassuna
Mãe Dinah
Walter Mercado
Karl Marx
Scolari
Gramsci
Zuckerberg
Derrida
Odebrecht
Simone de Beauvoir
Hildebrando Pascoal
Maluf
Abdelmassih
Chipkevitch
Olavo de Carvalho
Julio Severo
Berzé
Roberto Magalhães
Cauê Moura
Nando Moura
Felipe Neto
PC Siqueira
Sottomaior
Madalyn Murray O'Hair

Felipe Melo
Charles Manson
Quércia
Dahmer
PC Farias
Varg Vikernes
Regina Cazé
Pitty
Siro Darlan
Pedro Bial
Sérgio Naya
Bin Laden
João Kléber
Monteiro Lobato
Geraldo Júlio
Paulo Câmara
Gondim
Doria
Caio Fábio
Paulo Henrique Garcia

Kamilla Werneck
Wladimir Costa
Edir Macedo
Kadafi
Jimmy Swaggart
Pat Robertson
Henrique Meirelles
Dado Dollabela
Guilherme de Pádua
Saddam
Wallace Souza
Marco Feliciano
Valdemiro Santiago
Silas Malafaia
Mara Maravilha
Ricardo Barros
ACM
Gretchen
Irmão Rubens
Jacilda Urquiza

Epitáfios de Titãs

Não prefiro ser metamorfose ambulante
Tampouco vou me limitar a ficar no lugar que o falso moralismo ou o politicamente correto impõem
Afim de vazar e esvaziar minha caixinha de tristezas numa lixeira qualquer
E nem lembrar mais onde ela foi parar, só aguardar um abraço e um beijo de quem ama-me

Eu tenho fome de que? De você, até o fim da vida
Sem me preocupar em dar nomes aos bois que intentarem nos pisotear, posto que não haverão
Faz-se necessário meu versificar de tua presença a qual, se ausente, me anula por completo

"Quem é que pensa: é a cabeça ou o coração?"
"É questão de substância!"
"Agora todo o mundo na real!"
"Que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser que não é"

Eu cansei de acreditar que a vida é um jogo, cada um por si e Deus contra todos
Os dados que Deus não joga eu não os uso nessa mesa de apostas viciadas
Meu sa-lá-ri-ô desvalorizou... mas eu tenho dentro de mim tesouros de valor incalculável

Alguns até pensariam que Jesus não teria dentes no país dos banguelas
Estranho que num mundo sem santidade Ele foi o único a morrer sem crime algum
Os bichos escrotos saem dos lixos, dos palácios de governo e legislativos, até de templos eles vêm

E você ainda perderia tempo com tudo ao mesmo tempo agora?
Ou caminhamos até encontrar aquele lugar do mapa ou do Google Earth chamado lugar nenhum?
Afinal nenhuma pátria me pariu - mesmo - e eu não tô nem aí nem aqui

O pulso
ainda
pulsa

E eu não sei mais nada além de repulso de meu eu morto-vivo de um sonoro amor
Nessa sonífera ilha Õ Blésq Blom saúdam essa raça de bárbaros com cabeça de dinossauro
Panças de mamute e espírito de porco
Confessando como eu confesso dia-a-dia-a-dia-a-dia:
"Todo mundo quer amor de verdade"

sábado, 12 de agosto de 2017

Eu Poema (ou "Não-Eu-Lírico")


Minha vida, um poema de versos brancos negros sem rimas ou luz alguma pra apreciar minha feiura
de versos livres prisioneiros de uma nulidade de regras e normas as quais levem a alguma beleza rara
de estrofes longas tal qual o veio ribeirinho das lágrimas derramadas por minhas órbitas cansadas
de inexistência de musas e até eu-lírico, já que de mim pouco resta nesse fôlego de morte em vida

Kayleighs, Laylas, Carries e tantas outras musas embalaram meus ouvidos já moucos pra esperança
mas virei eu um homem-máquina operado pela razão de uma sociedade insensível insensata
Não obsedo nada mais, pois decerto não mais alguém me obsedia,
e o estúpido corretor do navegador da internet ignora a existência dos verbos da ação da obsessão
Até ele não entende o desejo de alguém desejar-nos e o quão torturante é essa falta
A falta do que nos completa, do que nos supre e suprimos, de quem Deus fez só pra mim e eu pra ela

O mal das bads
é que de bom nada tem
e nada de bem traz também

Mas a gente insiste que é uma belezura em alimentar o que de pior, o que de "mais mau" há em nós
até que no final só nos reste lamentar o tempo perdido das lamentações de não levantarmo-nos
e beijar os lábios da vida que nos quer bem e quer que nos queiramos também
Assim quem sabe sabe lá alguém daí venha e nos queira e nos beije nos lábios também

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Saudade da Viva Satisfação e Alegria


Lembro-me do primeiro dia que apareceste na minha porta e eu a quase um ano conheci um anjo
Eu te admirei desde lá e nunca mais consegui me livrar dessa tua presença
Tudo que eu queria é que os minutos e horas fossem eternos naquela alegria nossa
Íris agora avermelhada de lágrimas da falta que já sinto de saber não poder estar contigo diariamente
Cada vez que lembro queria que fosse só um pesadelo - mas a vida é assim, cruel conosco
Infelizmente estamos assim, longe agora, mas não escondo que perto quero estar de ti logo logo
Amiga minha, amarei a ti e teu cuidado e tua vida ontem, hoje e enquanto eu puder respirar

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Pornochanchada (ou uma rapsódia republicana na Boca do Lixo)

Absinto-me só nesse rio de sangue e terra desolada encharcada
Sonhando com uma guerrilheira p'ra me acompanhar nas trincheiras do império dos sem-sentidos
Mas a Boca do Lixo continua firme e forte com seus sadísticos babies
A Noite das Taras da Viúva Virgem começa hoje nas memórias de um gigolô nos jardins dos jaburus

Os profissionais da falta de bom senso e da pornochanchada
Veiculada diariamente em cadeia nacional às 19 horas, em qualquer parte do dial do rádio
Cortam-me as mãos para uso indevido, manipulação numa caixa eletrônica de 2 a 5 números
E um botão verde para confirmar a ignorância absoluta e abjeta do povo vivente

Mas que essa society de quinta categoria merece toda essa losna da bundalelê que escolheram viver
Que nossas bandeiras são pintadas nos glúteos que desfilam na Sapucaí
ou no próximo escândalo sexual no exterior envolvendo uma modelo anoréxica brasileira
Esse é o legado do pão e circo eleitoral para Conde Drácula nenhum botar defeito

Tem uma caixa de Prozac me aguardando em um canto por aí, mas não sei se terei grana p'ra comprar
Nem se terei como pagar os próximos impostos na bomba da gasosa e do etanol
Tenho de ser ranzinza agora porque quando velho 'tiver se eu chegar lá não terei aposentadoria
P'ra sustentar minhas reclamações do achatamento da inflação sobre meu contracheque

Num festival de covardes dentro de uma xícara sem nenhum pires ou verdade sustentando abaixo
Eu grito: Oh, Rebuceteio!!! E os astros do stand-up querem me expulsar do salão
513 palhaços representando um público de 207 milhões de imbecis
Com nossos sorrisos pregados pelo plim plim nas rugas aguardando os urubus devorarem-nos

Aluga-se, repasso o ponto, fechado, não há vagas, não aceitamos nenhum cartão ou ticket
Fantásticos cartazes turísticos do que restou das cidades fantasmas do Brasil
Ótimo cenário para um faroeste caboclo, que poderia ter um pistoleiro chamado Papaco lá
Mas só coisas eróticas em 48 horas de prazer alucinante na quinta dimensão é o que deseja o povo

O povo quer uma encomenda do Planalto Central no meio deles
Bem no meio.