Textos poéticos/contos/crônicas todas terças, quintas e sábados... ou quando a inspiração mandar...

sábado, 7 de outubro de 2017

Perdido no Tempo Pós-Moderno com Pirulitos Zorro e Cavalheirismo Esquecido

Saudoso tempo que não mais sedoso nesse planeta seboso
Na fé, esperança e amor que levo no peito alguns viram plateia e me tiram de Bozo
Passa de mim esse cálice, Senhor, pois eis que pesado é essa humanidade tortuosa
Faça-se a vontade Tua, dá-me pois dessa cruz que carrego uma bênção voluptuosa

O individualismo barato que torna-nos tão fortemente fracos fracassados
Intolerantes ao glúten, à soja e à opinião alheia seguimos correndo desmaiados
E eu perdido nesse tempo cyberstreampunk pós-apocalíptico e pós-moderno
Não perco tempo com as estações modais sacais da tendência atual, só vislumbro o Eterno

Antissocial antimoderno anti-hodierno anti-anti-anti-antiquados
Antas cegas caminhantes ao poço abismal sem fim da incoerência e pintados em poeirentos quadros
Prefiro abandonar meu auto-amor egoísta a autodestruir-me na solidão
O fake amor nascido de carência múltipla de órgãos não me é suficiente, não preenche meu coração

A vida é muito mais do que fotografias na parede de um quarto fechado
A Verdade é muito além de um manual de instruções se não for vivido e caminhado
O amor vai mais alto do que um suprimento de desejos carentes de dois ou mais pobres feridos
A morte não é somente o fim de tudo, quiçá a constatação de que os sonhos não ficaram perdidos

Ah você bela dama, debaixo de teus cachos vejo em ti alguém tal qual eu, alguém ímpar
Que tal resolver esse impasse, desimpedir, desempatar, sermos tão-somente par a par
Estarmos a par de tudo e caminharmos sem medo no fio da navalha desse planeta desolado
Com suprimento infinito de caramelo e amor real, minha dama, de seu cavalheiro sempre a teu lado

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